28 julho 2011

Cavalos

       O Mar da Guanabara fervia e a areia tomava tons rubros. Orla escarlate! – pensei – enquanto a praia ia ficando apinhada de curiosos.  Então, como que também querendo ver o que se dava, o Cristo desceu do Corcovado e veio caminhando até a baía. A longa veste mansa no tempo. Quando chegou, gritei por Ele. Acho que me ouviu, pois nos segurou na concha das mãos com extremo cuidado. Lá de cima vi a carroça sob as ferragens, o corpo do cavalo e o meu uma coisa só.

Nenhum comentário: